O cliente externo é, sem dúvida alguma, o termômetro que alerta as organizações para saber se os negócios estão indo bem ou não.

Afinal, quando ele está satisfeito com os produtos e os serviços prestados pela organização, é sinal de que certamente a empresa terá lucro e garantirá sua “fatia” no mercado.

Diante desse fato, muitas empresas traçam estratégias para fidelizar e encantar o cliente, mas se esquecem de que também há outro ponto extremante relevante: o funcionário.

Se esse último também não tiver uma atenção especial da empresa ao ponto de se comprometer e engajar, as consequências certamente serão preocupantes para o negócio.

Segundo Alexandre Slivnik, sócio-diretor do Instituto de Desenvolvimento Profissional:

Sobre o modelo Disney:

“A maior preocupação desta organização está voltada para as pessoas, tanto as que trabalham com ela quanto as que usufruem de seus produtos e serviços, enfatiza, ao acrescentar que as empresas consideradas sensacionais não têm clientes, mas fãs.

O que as torna assim é a qualidade dos profissionais, que vão proporcionar uma experiência excelente para os clientes.”

 

Em entrevista concedida ao RH.com.br, Slivnik aponta, ainda, os cinco principais passos para se alcançar a excelência no atendimento.

Essa é uma ótima oportunidade para você avaliar se sua organização está ou não sabendo lidar com os clientes externos e internos. 

 

  • RH – Existem diferenças significativas entre “cliente fidelizado” e o “cliente fã”?

Alexandre Slivnik – O cliente fidelizado nem sempre é um cliente que fala com orgulho e multiplica a experiência que ele vivenciou com outras pessoas.

Já o fã, além de ter orgulho da marca, fala das experiências para todos, trazendo automaticamente mais e melhores resultados.

 

  • RH – Qual o grande diferencial que uma empresa ou um profissional pode oferecer ao seu cliente?

Alexandre Slivnik – Experiência.

Quanto maior e melhor for a experiência do cliente, maior será a possibilidade dele perpetuar sua marca.

Dependendo da quantidade e da intensidade da experiência ao ter contato com o seu produto ou o serviço. Esse é o grande diferencial.

 

  • RH – Quando o senhor começou a escrever as primeiras páginas do seu livro, tinha em mente alguma organização que lhe serviu de inspiração e de base para a concretização desse trabalho?

Alexandre Slivnik – Sem dúvida. O livro todo foi baseado nas minhas experiências com a Disney. Uma organização que sou um fã verdadeiro.

 

  • RH – Sem dúvida alguma, o senhor é um grande admirador da organização Disney. Que características corporativas similares essa companhia norte-americana possui com a realidade das empresas brasileiras?

Alexandre Slivnik – A Disney tem uma gestão baseada em pessoas.

Muitas empresas brasileiras estão olhando para esse viés humano, pois conseguem perceber os resultados extraordinários que gera.

Mas ainda assim, temos muito o que aprender, afinal, a Disney é uma das marcas mais admiradas do mundo.

 

  • RH – Então, a Disney pode e deve ser usada como exemplo por muitas organizações brasileiras?

Alexandre Slivnik – Claro que pode e deve ser usada como exemplo.

Muitos gestores de empresas brasileiras vão para a Disney com um único objetivo: buscar a excelência do atendimento ao cliente.

O mais fascinante é saber que, ao retornar desse fantástico mundo de excelência, conseguimos aplicar muitos conceitos na nossa realidade.

Não existe muito segredo, basta entendermos o verdadeiro Poder da Atitude que está por trás dessa gestão.

 

  • RH – O segredo para transformar clientes em fãs está diretamente relacionado à satisfação interna dos colaboradores?

Alexandre Slivnik – Temos que ter em mente uma coisa: não existe cliente encantado se a organização não tiver colaboradores encantados.

O primeiro passo é buscar a satisfação interna.

Se seu colaborador não está feliz e encantado, ele nunca conseguirá encantar seu cliente externo.

O seu cliente interno deve ser o primeiro comprador do seu produto ou serviço.

 

  • RH – Se a satisfação interna é um diferencial para empresas com esse tipo de gestão os líderes também apresentam singularidades. Quais as competências que caracterizariam um gestor de pessoas de uma empresa como a Disney?

Alexandre Slivnik – Primeiro, o líder tem que ter a consciência de que o papel dele é desenvolver pessoas.

Se ele desenvolve unicamente projetos, então ele não é um líder e sim um chefe.

As empresas não precisam de chefes e sim de lideres que buscam formar novos líderes. Para se ter uma ideia, na Disney cada líder deve estar 80% do tempo junto com o seu liderado, ensinando e desenvolvendo cada profissional.

Apenas 20% do tempo do líder que atua na Disney deve ser gasto com questões burocráticas.

 

  • RH – Além da Disney, que outras empresas destacam-se e que conseguem transformar seus clientes em fãs?

Alexandre Slivnik – Destaco a Netflix, Google, entre outras que têm a mesma filosofia de gestão com foco no ser Humano.

Não é por acaso que essas empresas também possuem muitos fãs, afinal, lidam com experiência e não apenas com um simples produto ou serviço.

 

  • RH – O senhor gostaria de deixar algum conselho para as organizações que buscam a excelência no atendimento?

Alexandre Slivnik – Siga os cinco passos para alcançar a excelência.

  • Primeiro: entenda a importância da sua história e identifique sua missão e seus valores.
  • Segundo: valorize seus colegas de trabalho e os colaboradores internos.
  • Terceiro: exceda expectativas. Não busque apenas satisfazer. Para ter fã é preciso ir além e encantar.
  • Quarto: procure aumentar a experiência do seu cliente com a sua marca. Quanto maior e melhor a experiência, mais vale o seu produto.
  • Quinto: celebre cada conquista com o objetivo de criar um ambiente positivo. Um ambiente positivo gera mais resultados.

Fonte: www.rh.com.br 

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