Por Carolina Manciola

Fonte: rh.com.br

Quase todas as pessoas que trabalham em área de Treinamento e Desenvolvimento ou mesmo no RH ou Marketing já se depararam com o dilema de ter de escolher uma palestra para abrilhantar convenções, kick offs e reuniões de uma maneira geral.

Antes sair à caça em sites especializados e de mandar e-mails para toda sua lista de contatos pedindo indicações, elabore um briefing onde fique bem claro o que você deseja com aquela palestra.

Cuidado com objetivos do tipo: “através dessa palestra objetivamos capacitar a equipe de vendas com técnicas avançadas que possibilitem uma maior captura dos clientes potenciais. O subproduto desta palestra está em motivá-los e….”.

Palestras não são metodologias de capacitação.

Elas sensibilizam, despertam, proporcionam insights, mas não irão promover grandes mudanças.

Por isso, sempre que definir por uma palestra tenha clareza das suas limitações e identifique seu principal objetivo em termos do tema que deverá ser tratado e o sentimento que a mesma deverá proporcionar ao grupo.

Pergunte-se:

A partir daí, descreva muito o perfil do público e parta para pesquisa. Com certeza, isso irá te ajudar a refinar a sua busca.

A cada ano que passa, mais profissionais decidem optar pela carreira de palestrante, por isso é importante verificar muito bem quem será o porta-voz da sua empresa para escolher com precisão e evitar as saia justa de uma opção mal feita. Seguem aqui algumas dicas que podem te ajudar nesse momento.

– Conteúdo: descubra o nível de conhecimento que tem o palestrante sobre o conteúdo. Ele tem muitos exemplos sobre o assunto? É alguém que vivenciou o assunto?

– Tema: o tema pode ser específico ou genérico, o importante é que ele esteja alinhado ao objetivo da apresentação. Essa é uma palestra para motivar, engajar, criar sinergia, levar à reflexão, dar uma “chacoalhada” nas pessoas, mostrar que uma pessoa com bem menos recursos conseguiu algum feito?

– Público: para quem essa palestra será ministrada? Qual o nível de conhecimento do público acerca do assunto? São pessoas que já assistiram muitas palestras, ao longo de suas carreiras, ou que têm poucas oportunidades como esta? São pessoas “abertas” ou “fechadas”, gostam ou não de brincadeiras e interação?

– Forma: como diria o publicitário Nizan Guanaes: “Marketing sem conteúdo é picaretagem e conteúdo sem marketing é burrice”. Ou seja, de nada adianta uma palestra show que não cumpra seu objetivo como uma palestra altamente técnica onde as pessoas contem os minutos para seu final. Independente do palestrante e do tema a apresentação tem que ser prazerosa.

– Estilo: qual o estilo do palestrante: formal, “escrachado”, durão? O palestrante deve entrar rapidamente em sintonia com a plateia. Alguns, após lerem seu currículo com tantas denominações ao invés de admiração, acabam intimidando a plateia.

– Apresentação: que recursos ele utiliza em sua apresentação: slides, músicas, dinâmicas? O que ele costumar colocar nos seus slides: frases prontas, filmes, conceitos, imagens engraçadas? Alguns palestrantes ainda são contra a utilização desse recurso e se vangloriam dizendo que ganham a plateias no “gogó”. Como o público sempre tem um misto de pessoas auditivas, visuais e sinestésicas, quanto mais estímulos melhor será absorção da mensagem. Por outro lado, existem aqueles palestrantes que abusam do recurso e se restringem a fazer pequenos comentários sobre o que é projetado. Procure alguém que consiga equilibrar o que é dito, com tom e velocidade, além do gestual, é claro.

– Experiência: que experiência tem o palestrante sobre tema? É alguém que fala com propriedade por já ter vivido situações como as do público ou alguém que estudou muito o assunto? O que ele vai fazer com sua experiência durante a palestra: relatá-la, contar sua história de vida ou de sucesso, ou vai utilizá-la como pano de fundo para ilustrar o tema escolhido?

– Customização: ao contratar um palestrante, normalmente contrata-se sua palestra “X”. Nem todos os palestrantes são abertos a reuniões de briefing, mas se isso for importante para sua empresa, procure alguém que esteja disposto a falar a língua da sua equipe e customizar sua palestra a realidade de sua organização. Para alguns deles, o máximo da customização será cumprimentar a plateia usando o nome da empresa.

– Celebridade? Na hora de contratar artistas e celebridades alguns cuidados são importantes, principalmente, porque essa é uma palestra onde, muito provavelmente, será contada sua história de sucesso e superação. Tenha cuidado, palestrantes como esses são ideais para determinados tipos de evento, mas não para todos. Avalie bem os prós e contras na hora de contratar uma celebridade.

– Referências: a maioria das contratações vem por indicação. Outra forma de conhecer melhor um palestrante é colocar seu nome no Google e obter informações que vão além daquelas que foram selecionadas para seu site. LinkedIn, Facebook, Twitter e outros sites de relacionamento também são boas referências, pois lá são deixados depoimentos espontâneos das pessoas acerca do seu trabalho.

Outros pontos como autenticidade, histórico de comprometimento e pontualidade, senso de humor e talento também devem ser analisados. Para clarificar essas questões, referências são sempre muito bem-vindas.

No entanto lembre-se: a responsabilidade por esse processo é sua. Dessa forma, esteja muito seguro e se certifique que escolheu a pessoa certa para transmitir a mensagem certa para um público cada vez mais exigente e antenado.

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