Por José Roberto Marques

De fato, ainda existe uma cultura que acredita que os colaboradores é que devem unicamente adaptar-se ao estilo de seu líder. Claro, é dele o “poder” de manter ou não um profissional na empresa e dar-lhe as ferramentas para o seu desenvolvimento. Entretanto, existe muito mais nesta relação,  uma dinâmica que extrapola a simples matemática do “eu mando e você obedece”.

E se os líderes não se adaptarem também às novas demandas e tendências, não conseguirão desenvolver estratégias de desenvolvimento que proporcionem efetivamente a retenção dos jovens talentos, as empresas estarão aí com um grande problema.

Não estamos apenas no século 21, estamos no século da tecnologia, da inovação e das informações ao alcance de todos. Segundo a 11ª Edição da Pesquisa Empresa dos Sonhos dos Jovens, realizada pela Cia de Talentos e Nextview People, 29% dos jovens brasileiros buscam informações sobre as empresas onde desejam trabalhar nos meios de comunicação, e outros 28% através de pessoas que trabalham ou trabalharam nestas empresas.

Assim, o peso das lideranças nas organizações é hoje muito maior. E os líderes devem observar a construção de sua gestão como um movimento que impacta também na sociedade e nos modelos criados pelos jovens profissionais. Assim, a forma de liderar é o que chama a atenção dessa nova geração de profissionais, com comportamentos e valores claros, e que está em busca de chances também claras de se destacar no mercado.

Segundo ainda a pesquisa, 61% dos jovens apontaram qualidades como Empreendedorismo e Capacidade de Inovar como as principais características que mais admiram em um líder. E mais que salários ou benefícios, estes desejam fazer aquilo que gostam e se sentir plenamente realizados profissionalmente.

No mercado de trabalho encontramos diversos tipos de profissionais, e em especial uma geração de trabalhadores nascida em meio a todas estas mudanças comportamentais, estruturais e sociais que aconteceram nos últimos 25 anos, e que desejam muito mais de seus gestores. As empresas também precisam adaptar-se a essa realidade, e não apenas exigir, mas também oferecer aos profissionais políticas de valorização, retenção e desenvolvimento.

A relação entre empresa e colaboradores é uma via de mão dupla. Se de um lado as organizações querem ter em seus quadros profissionais diferenciados, inovadores, com uma boa comunicação interpessoal, competências de liderança, de outro, os profissionais também têm o seu ideal de empresa e de líder ideal.

Os jovens talentos buscam neste ambiente e através deste guia, oportunidades de desenvolvimento, o aprimoramento de suas competências e habilidades, adquirir novos conhecimentos e ascender em sua carreira. E os líderes que se adaptarem a essa dinâmica rápido, com certeza sairão na frente, na corrida por profissionais diferenciados.

 Fonte: rh.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *