Como são realizados os projetos de gestão do capital humano na sua empresa?

Boa parte dos Chief Financial Officers (CFOs) do país entende que RH e setor financeiro deveriam trabalhar os programas de gestão de talentos em conjunto.

É o que aponta estudo realizado em 2017 pela Robert Half, consultoria global especializada em recrutamento. Dos 100 executivos brasileiros participantes da pesquisa, 69% acreditam que a integração deveria ser significativa, enquanto 30% disseram que um pouco de proximidade com o RH já seria interessante.

Segundo o Gerente de Negócios da Robert Half, Leonardo Berto, essa é uma tendência do mercado de forma geral.

“Hoje, existe uma necessidade real de interação entre as áreas, principalmente daquelas que atuam como parceiras do negócio. Nesse cenário de aumento da concorrência entre as empresas, de disparidade de mão de obra especializada e de qualidade no mercado, são poucas as pessoas que possuem performance alta. Obviamente as companhias querem retê-las. Nesse sentido, a parceria entre RH e financeiro é fundamental para que isso aconteça”, garante ele.

De que forma essas áreas poderiam trabalhar juntas na prática?

Um dos exemplos dados pelo gerente é a contratação de especialistas em atividades financeiras.

“Esse movimento de retenção e desenvolvimento de talentos é muito forte dentro do departamento de finanças. Por ser uma área analítica, reter talentos é um grande desafio. Quando você encontra um profissional que entrega e possui as competências técnicas e comportamentais desejadas, a retenção dele é fundamental para a companhia. Por isso, a necessidade de proximidade com o RH”, destaca Leonardo.

O RH pode se beneficiar dessa parceria?

Leonardo reforça que a gestão de pessoas também tem muito a ganhar.

“São áreas que tem visão de negócio e maneira de comunicação distintas. De forma geral, o RH tem uma preocupação com o desenvolvimento e em alinhar pessoas às necessidades da organização. Já o financeiro está olhando para resultados. Por isso, para que o RH tenha seus projetos ‘comprados’, é necessário embasá-los em números e mostrar o que cada atividade irá trazer para a empresa em curto e longo prazo. Da mesma maneira, o departamento de finanças que não tem uma comunicação clara com recursos humanos pode ter dificuldade na atração de pessoas e no desenvolvimento dos seus talentos”, comenta.

Para o gerente, o perfil do RH vem mudando, já que a área tem se aproximado do negócio e está direcionando suas práticas de gestão de pessoas, como recrutamento e seleção, treinamento, avaliação de clima, dentre outras, aos resultados que a empresa espera.

“Essa mudança acontece, principalmente, em função do período desafiador que o país vem passando nos últimos quatro anos. A demanda por controle de custos é muito forte. Isso fez com que o departamento de remuneração, por exemplo, que até então era pouco desenvolvido no RH, crescesse bastante. Como ele trabalha muito com números, é a atividade que hoje mais se aproxima da linguagem do CFO”, completa ele.

Fonte: LG Sistemas Humanos

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