Por Carolina Oliveira dos Santos 

Atualmente, dentro dos contextos organizacionais mais diversos, a construção de novos paradigmas de gestão vem fazendo-se presente, independente do porte ou área de atuação.

 Dentro deste cenário, observa-se a frequente política de tentativa e de erro, desde ações de marketing e divulgação, até a escolha de profissionais devidamente qualificados para exercer as funções criadas e elaboradas para atender à demanda de novos produtos e projetos inovadores.

Um erro crasso cometido pelos mais bem-intencionados empreendedores está fortemente relacionado ao recrutamento e à seleção de talentos, dos quais, quando não são contratados através do modo ‘vapt-vupt’, atendendo à obediência cega em ocupar urgentemente aquela vaga em aberto, apelando ao coração e não ao bom senso.

Empregar pessoas e mantê-las na empresa, não é e nem nunca será a mesma coisa do que: atrair e desenvolver talentos. Porém, é incrivelmente prático e correto, começar assim e melhorar a visão e a ação neste sentido.

A questão pede atenção, pois a quantidade de mão de obra paralisada e estagnada, carente de maior consideração, desenvolvimento e, merecedores da sensação de ‘pessoas pensantes’ é cada vez maior dentro das organizações.

Olhar ao redor, apurar os ouvidos e ouvir, são ações que podem facilmente fazer qualquer líder ter um ótimo material para saber por onde começar a fazer seus colaboradores sentirem-se participantes.

A grande questão está no que Bernardo, aponta no texto: O Medo do Novo – A Criatividade no Contexto Escolar, como sendo um tipo de “arrogância defensiva do conhecimento instituído”, que poderia começar a ceder lugar à sabedoria que nasce do respeito e aceitação da diversidade como fonte de riqueza dos diversos pontos de vista.

Selecionar, empregar, manter e desenvolver talentos de modo produtivo e focado nas reais necessidades que, tanto a função quanto o funcionário precisam são meios eficazes de agregar valor ao negócio e, certamente, irão impactar nas demais ações de marketing externo e interno.

Bernando afirma, ainda, que aumentando as possibilidades de convivência criativa e produtiva entre as diferenças cria-se um equilíbrio dinâmico e criativo, onde teremos, então, um campo fértil de possibilidades em desenvolver um colaborador mais dinâmico, ativo e presente.

Essa postura desenvolvedora de talentos é na verdade essencial para que a qualidade percebida do produto ou serviço de uma empresa seja cada vez mais valorizada, e esse valor precisa, e deve, partir do próprio empregado.

O problema é que muitos empresários não entendem a real importância de cuidar do colaborador como fonte primordial de valor agregado, e transforma, desde a base ao todo, toda a empresa em uma imensa Torre de Babel, onde o diálogo fica, até certo ponto, inviabilizado, pois não há um movimento concomitante de integração da diversidade num todo coerente.

Segundo Hillman a palavra controle significa “contra o rolo”, e que o controle busca eliminar os obstáculos “que possam nos fazer sombra” e “prevenir a interferência”, tendo um efeito conservador.

O controle, para manter sua presunçosa posição de comando, depende de uma visão defensiva, e as qualidades – exigência de lealdade, exatidão, suspeita do que está oculto, vigilância – são qualidades paranoicas, e invariavelmente resultam na exata medida do que se quer prevenir, ou seja, na prática, a falta de mão de obra qualificada, falta de funcionários qualificados e colaboradores que não vestem a camisa com amor e prazer.

Se, ao iniciarmos qualquer empreendimento, começarmos, além de encontrar e desenvolver as melhores práticas de gestão e tecnologia, tanto de recursos físico, quanto de pessoas, baseadas num conceito mais amplo de controle, ir além da estabilidade focada nas pautas estáticas de gestão.

Mas na iluminação das potencialidades e da renovação das capacidades individuais; iremos certamente proporcionar a expansão de uma consciência mais ampliada de participação e conhecimento, estimulando nos indivíduos a real vontade de crescer e transformar qualquer organização ou empreendimento em algo maior, parte também de suas conquistas e projetos pessoais, voltadas aos crescimento e comprometimento real.

Fica o lembrete da frase de um filme bem interessante chamado, Campos dos Sonhos: “Se você construir, eles virão”.

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