Toda vez que os índices de desemprego crescem, a mídia, de maneira geral, dá atenção especial para a capacitação.
- Isto faz sentido porque existem milhões de pessoas em busca de emprego que vão consumir, avidamente, estas informações.
- Mas existe outro lado dos índices, os empregados, que deveriam estar muito preocupados com a capacitação interna da empresa, para não mudarem de lado nas estatísticas.
Veja como acontece:
- Uma empresa, depois de todo esforço para manter sua atividade e seus resultados em plena crise, percebe que não será possível que isto aconteça com o mesmo nível de despesas.
- Decide então, no nível estratégico, que será necessário um corte de, por exemplo, 30% do pessoal para equilibrar seus resultados.
- Os gestores estratégicos se reúnem com os gerentes operacionais e colocam esta diretriz, mas com a seguinte recomendação: Concentrem os cortes nos profissionais de menor produtividades, aproveitem o momento para melhorar o relacionamento da sua equipe, cortando aqueles que historicamente possuem problemas de relacionamento. Conservem aqueles mais versáteis que tem conhecimentos diversificados de nossas atividades.
- Assim os cortes são feitos, os índices de desemprego aumentam, mas quem se mantém empregado? Porque alguns se mantêm empregados?
- São os que entregam mais para suas empresas, são os que aprendem as operações e as dinâmicas de relacionamento da empresa.
- São os que sabem a sua função, mas sempre que tem oportunidade, procuram aprender mais sobre a organização e seus processos.
- Em resumo, na decisão dos cortes, saem primeiro os que se capacitaram menos.
- Os que se prepararam, aplicaram seus conhecimentos dentro dos objetivos da empresa, ficam.
Pense nisto. Aproveite, se ainda der tempo, as oportunidades de capacitação que estão a sua disposição, para não virar mais um dado estatístico do desemprego.
Wagner Oliveira